terça-feira, 30 de abril de 2013

Especialista reconhece haver fraca aposta na segurança e saúde dos trabalhadores



O especialista em prevenção de riscos laborais e qualidade do meio ambiente, Fernando Ferreira Vicente, reconheceu hoje, no Huambo, haver no país uma fraca aposta das entidades empregadoras (públicas e privadas) na segurança e saúde dos trabalhadores.
 
Em declarações, a propósito do Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, assinalado domingo, sublinhou que a não observância das regras básicas de segurança e higiene nos locais de trabalho constitui a principal causa de improdutividade das empresas e do surgimento de doenças ocupacionais que afectam a mão-de-obra.
 
Disse que a segurança e saúde no trabalho requer da entidade empregadora uma visão preventiva que inclua a comunicação e educação para obter-se, da parte dos trabalhadores, atitudes positivas que diminuam o risco de acidentes e doenças.
 
Analisando bem as coisas, nota-se que as empresas preocupam-se muito pouco com a segurança e a saúde dos seus trabalhadores. Esquecem-se que os níveis de desenvolvimento que o país apresenta obrigam que os responsáveis de instituições laborais públicas e privadas induzam os seus trabalhadores sobre a problemática da segurança no trabalho, para que estes se integrem devidamente nas condições de trabalho”, realçou.
 
Para que haja aumento no nível de conhecimento sobre a importância da segurança e saúde nos locais de trabalho, Fernando Ferreira Vicente defendeu maior actuação do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social e dos sindicatos no concernente à aplicação da legislação vigente (o decreto 31/05 de Agosto), que obriga as empresas com mais de 50 funcionários a criarem condições de segurança e higiene.
 
O especialista deu a conhecer que o risco de acidentes de trabalho, incidência de doenças ocupacionais, a improdutividade e o absentismo dos funcionários são algumas das manifestações da não observância da segurança e saúde nos locais de trabalho.
 
Apontou a obesidade, esterilidade, depressão, as lesões por esforço repetido e doenças osteomusculares como as doenças ocupacionais a que, frequentemente, os trabalhadores estão sujeitos a contraírem por falta de segurança e higiene.
 
Fernando Ferreira Vicente lamentou também o facto de muitos trabalhadores serem empregados sem que, no entanto, lhes seja exigido um comprovativo fiável sobre a sua sanidade, para, em função do estado de saúde, exercerem tarefas que se adaptem à condição dos mesmos.
 
O Dia Mundial da Segurança e Saúde no Trabalho, com foco na prevenção, foi instituído em 2003, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), motivada por uma explosão que aconteceu em 1969, no referido dia, em uma mina no estado americano da Virginia, que matou 78 mineiros.
 
in ANGOP de 30.04.2013

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