quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Prevalência da Sida continua estável


A directora adjunta do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida, Lúcia Furtado, afirmou no Huambo que a prevalência do VIH-Sida  em Angola mantêm-se estável, abaixo dos três por cento.

No quadro da 2ª jornada de combate ao VIH/Sida nas Forças Armadas Angolanas, Lúcia Furtado afirmou que foram registados 22.313 casos positivos em 496.135 testes efectuados de Janeiro a Novembro de 2012 em todo o país.


A directora adjunta do Instituto Nacional de Luta Contra a Sida alertou que “existem determinantes que podem alterar rapidamente esta realidade, particularmente na população jovem dos 15 aos 24 anos de idade”.

Lúcia Furtado realçou que 20 por cento desta população tem a sua primeira relação sexual antes dos 15 anos de idade, enquanto menos de 44,6 por cento conhecem os principais modos de transmissão do VIH.


Continuamos a investir no reforço da parceria civil/militar nacional, no conhecimento e fortalecimento dos programas de informação, educação e comunicação, para a mudança de comportamentos, no acesso aos serviços de saúde e educação, na equidade do género, na liderança por parte da juventude, dos militares e para-militares, na actualização e implementação de estratégias”, sublinhou.

 Lúcia Furtado assegurou que a instituição tem desenvolvido a sua estratégia à luz do princípio “Três em Um”, ou seja, uma coordenação, um plano estratégico, um plano de monitorização e avaliação.

Para reduzir a transmissão vertical do VIH do binómio mãe/filho temos que redefinir estratégias e defender um maior envolvimento e comprometimento de todos os sectores, das intuições públicas e privadas, reforçar as acções junto do grupo da população dos 15 aos 24 anos e aumentar as acções tendo em conta a qualidade dos serviços”, reforçou.

A sida é provocada pelo Vírus da Imunodeficiência Humana (VIH), que penetra no organismo por contacto com uma pessoa infectada. A transmissão pode acontecer através da utilização de objectos cortantes infectados, relações sexuais, contacto com sangue infectado de mãe para filho, durante a gravidez ou o parto e pela amamentação. 

O VIH é um vírus bastante poderoso que, ao entrar no organismo, dirige-se ao sistema sanguíneo, onde começa de imediato a replicar-se, atacando o sistema imunológico, destruindo as células defensoras do organismo e deixando a pessoa infectada (seropositiva) mais debilitada e sensível a outras doenças, as chamadas infecções oportunistas que são provocadas por micróbios.
in Jornal de Angola de 20.02.2013

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