quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Cidade do Huambo comemora 100 anos de existência com olhos postos no progresso


A cidade do Huambo comemora no dia 21 deste mês 100 anos desde que foi inaugurada pelo então governador-geral da província ultramarina de Angola, o general José Mendes Ribeiro Norton de Matos (português), na sequência de um despacho administrativo emitido pela portaria nº1040, datado de 08 de Agosto de 1912, com olhos postos no seu progresso sustentável.
 
O nome da urbe se deve ao mítico caçador Wambo kalunga, oriundo da província do Kwanza Sul, que habitava na localidade de Muangunja, no município da Caála.
 
A história reza que a planta da cidade do Huambo foi feita um ano depois da sua inauguração, em 1913.  A política estabelecida por Norton de Matos, enquanto governador-geral de Angola, preconizava o desenvolvimento do interior, enquadrando-se aí a criação da cidade do Huambo.
 
Este governante, aliás, não se limitou a criar a cidade, mas também procurou desenvolvê-la ao máximo, com diversas medidas posteriores, como a concessão de terrenos a empresas comerciais, a instalação de uma câmara municipal, de escolas, de uma delegação da fazenda e a criação de uma granja agrícola experimental e um posto pecuário de observação e tratamento de gados.
 
Davam-se, assim, os primeiros passos importantes para o desenvolvimento daquela que, em poucos anos, se transformaria na segunda cidade de Angola, num centro de formação civil e militar importantíssimo e numa urbe possuidora do segundo parque industrial do país.
 
Em 1928, já na vigência de um novo governador-geral de Angola colonial, a cidade do Huambo ganhou o nome de Nova Lisboa, para satisfação desse governador, que pretendia ver transferida a capital da província ultramarina ao Huambo, em homenagem a cidade de Lisboa, capital de Portugal. Vigorou o nome, mas a capitalidade não vingou por várias razões.
 
A dignidade ancestral dos antepassados, traduzida na heróica resistência à ocupação colonial voltou a manifestar-se na vontade férrea e indestrutível da população do Huambo que sobreviveu as tentativas de neocolonialismo e ergue, hoje, com altivez, coragem, trabalho e sabedoria, “o Huambo cidade vida e capital ecológica”.
 
Passados 100, a cidade do Huambo deu um grande impulso para a vida social e económica, principalmente no ramo do comércio, indústria, agricultura, pecuária e construção de infra-estruturas sociais, cujos efeitos positivos e significativos para o
desenvolvimento da província tornaram-na numa referência nacional em diversos domínios da vida.
 
Neste momento, muito trabalho está a ser feito na cidade do Huambo, com o funcionamento regular de diversos empreendimentos para o fomento da economia nacional e do parque industrial local, com realce para circulação do comboio dos Caminhos-de-Ferro de Benguela (CFB) e da Barragem Hidroeléctrica do Gove, com uma capacidade de produção de 60 megawatts.
 
O progresso da região, que muitas fontes históricas sustentam, não ser o caçador Wambo Calunga que fundou a cidade do Huambo, mas sim o general José Norton de Matos, não está a depender somente das autoridades administrativas, como também do contributo dos seus filhos para que a urbe se torne num verdadeiro cartão de visita para que todos que se desloquem a esta cidade, em trabalho ou em negócios, encontrem ali um lugar cada vez mais acolhedor e aprazível.
 
Fruto do esforço do Executivo central e local, muitas infra-estruturas estão a ser edificadas nesta região, assente na construção e reabilitação de estradas, pontes, sistemas de abastecimento de água, melhoramento da energia eléctrica, execução do programa “Huambo cimento e tinta”, bem como a requalificação de avenidas, passeios, iluminação pública, espaços verdes, com plantação de palmeiras e rampas para locomoção dos deficientes físicos.
 
Há, no Huambo, muitos pontos de interesse histórico para serem visitados com destaque para o Forte da Quissala.
in ANGOP de 13.09.2012

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