quinta-feira, 12 de julho de 2012

Criada comissão provincial do 100º aniversário da cidade do Huambo

Uma comissão provincial para organização do 100º aniversário da cidade e da província do Huambo, a assinalar-se a 21 de Setembro deste ano, foi constituída por um despacho do governador provincial, Fernando Faustino Muteka, tornado público quarta-feira, nesta urbe.
 

A referida comissão, de acordo com o despacho, é coordenada pelo governador do Huambo, Fernando Faustino Muteka, coadjuvado pelo vice-governador para o sector poltico e social, Guilherme Tulaka, e administrador do município do Huambo, José Marcelino.

Integram ainda a comissão, o delegado provincial do Ministério do Interior, secretário do governo do Huambo, os directores provinciais da Energia e Águas, do Comércio e Indústria, Hotelaria e Turismo, dos Transportes, Correios e Telecomunicações, da Juventude e Desportos, da Cultura e da Comunicação Social.

A cidade do Huambo foi fundada pelo então governador-geral de Angola, o general José Mendes Ribeiro Norton de Matos (português), na sequência de um despacho administrativo emitido pela portaria nº1040, datado de 8 de Agosto de 1912.

O nome da urbe se deve ao mítico caçador Huambo Calunga, oriundo do Kwanza Sul, que habitava na localidade de Muangunja, no município da Caála.

Contrariamente ao que muitas fontes históricas sustentam, não foi este caçador quem fundou a cidade do Huambo, mas sim o general José Norton de Matos.
 
Logo após a sua fundação, a cidade do Huambo deu um grande impulso para a vida social e económica, principalmente no ramo do comércio, indústria, agricultura, pecuária e construção de infra-estruturas sociais, cujos efeitos positivos e significativos para o desenvolvimento da província tornaram-na numa referência nacional em diversos domínios da vida.

Em 1928, período em que Vicente Ferreira foi governador-geral de Angola, a cidade do Huambo, de acordo com a "Carta Orgânica de Angola", Título I, foi proposta a capital do país, além de a terem atribuído a designação de Nova Lisboa, em homenagem à cidade de Lisboa, capital de Portugal. Vigorou o nome, mas a capitalidade não vingou por razões várias.

Reza a história que a planta da cidade do Huambo foi feita um ano depois da sua inauguração, em 1913. A política estabelecida por Norton de Matos, enquanto governador-geral de Angola, preconizava o desenvolvimento do interior, enquadrando-se aí a criação da cidade do Huambo.
 
Este governante não se limitou a criar a cidade, mas também procurou desenvolvê-la ao máximo, com diversas medidas posteriores, como a concessão de terrenos a empresas comerciais, a instalação de uma câmara municipal, de escolas, de uma delegação da fazenda e a criação de uma granja agrícola experimental e um posto pecuário de observação e tratamento de gados.

Davam-se, assim, os primeiros passos importantes para o desenvolvimento daquela que, em poucos anos, se transformaria na segunda cidade de Angola, num centro de formação civil e militar importantíssimo e numa urbe possuidora do segundo parque industrial do país.
in ANGOP de 12.07.2012

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